Não é o único inimigo a ser colocado sob os pés de Cristo. Todos o serão, a seu tempo. Mas aquele que tem desafiado o homem desde o início, será o último a ser destruído. Ao final do processo, quando “todas as cousas lhe estiverem sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as cousas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (15.28). Palavras deste teor realizam cousas admiráveis no homem. Dão-lhe a certeza de que Deus não está parado, de que Deus não sofreu uma crise de ânimo, de que Deus não renunciou ao seu poder e ao seu propósito. Portanto, a vitória final não é hipotética nem absurda. O absurdo seria se Deus não controlasse todas as cousas e não as levasse para o final descrito na Bíblia. É aí que entra a fé – “a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb 11.1). Ora, se Deus não é capaz de colocar sob os pés de Cristo todos os adversários e todas as cousas prejudiciais e destruidoras, que Deus é esse? Quais são os inimigos a que Pedro se refere? O apóstolo menciona apenas o nome do último a ser destruído: a morte. Na parábola do joio é possível encontrar o nome de outro, aquele que, enquanto os homens dormiam, veio e semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. Na interpretação das figuras, Jesus diz que o inimigo que semeou o joio é o diabo (Mateus 13.24-43). Aliás, a palavra Satanás significa adversário. Sejam quantos forem, o destino dos inimigos, dos que se opõem a Deus, está traçado pelas Escrituras Sagradas, desde o Salmo 110 – “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.” E esta passagem tem sido citada carinhosamente através dos séculos, inclusive por Jesus (Mt 22.41-46); Pedro (At 2.32-36); Paulo (I Co 15.25) e o autor da Epístola aos Hebreus (1.13).
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